A Copa Libertadores da América de 2025 se aproxima de seu ápice com um confronto de gigantes definindo o destino do troféu mais cobiçado da América do Sul. Palmeiras e Flamengo, duas potências do futebol brasileiro e continental, se preparam para protagonizar a grande decisão no próximo sábado, com a bola rolando a partir das 18h. A expectativa é de um espetáculo de alta intensidade, reunindo craques e estratégicas táticas que prometem fisgar a atenção de milhares de torcedores ao redor do globo.
Esta final não é apenas um duelo entre duas camisas de peso, mas também um palco para a continuação de uma estatística curiosa e cada vez mais debatida no cenário da Libertadores. Desde a adoção do formato de final única pela CONMEBOL em 2019, um padrão surpreendente tem se desenhado: todos os times que ergueram a taça vieram do lado direito do chaveamento. Essa coincidência, que já dura seis anos, alimenta debates acalorados entre analistas, jornalistas e a apaixonada torcida, que buscam entender os motivos por trás dessa tendência, seja pela força das campanhas em si, pelo caminho percorrido nas fases eliminatórias, ou até mesmo por um possível peso psicológico inerente a estar posicionado em determinado lado da tabela.
A Era das Finais Únicas e a Curiosa Tendência do Lado Direito
A história dessa peculiar estatística começou a ser escrita em 2019, ano em que o Flamengo, sob o comando de Jorge Jesus, realizou uma campanha de recuperação notável. Após um início de temporada mais modesto, o Rubro-Negro engrenou no momento decisivo, chegou à final em Lima embalado e protagonizou uma virada épica contra o River Plate nos minutos finais, com dois gols decisivos de Gabriel Barbosa, o Gabigol. Curiosamente, a trajetória do Flamengo naquele ano se iniciou pelo lado direito do chaveamento, um detalhe que, na época, parecia irrelevante, mas que se tornaria um tema recorrente e um prenúncio de um padrão que se consolidaria nos anos subsequentes.
Os anos de 2020 e 2021 testemunharam a consolidação dessa tendência com o Palmeiras de Abel Ferreira. Em ambas as edições da Libertadores, o Verdão demonstrou resiliência e força, culminando com a conquista do título. E em ambos os casos, o clube paulista também se posicionou no lado direito do mata-mata, sagrando-se campeão. Foram campanhas distintas em termos de narrativa e desenvolvimento em campo – uma marcada por momentos de grande drama e superação, e outra por uma solidez e controle mais evidentes –, mas ambas reforçaram de maneira contundente a ideia de que aquele lado específico do chaveamento parecia atrair os futuros campeões da América.
Seis Anos de História: Quem Levantou a Taça e de Onde Veio
A sequência impressionante não parou por aí. Em 2022, foi a vez do Flamengo retornar ao topo da América. Mais uma vez, o caminho do título rubro-negro passou pelo lado direito do sorteio. Sob o comando de Dorival Júnior, a equipe carioca realizou uma campanha firme e consistente, culminando com a vitória sobre o Athletico-PR na final disputada em Guayaquil. Era o quarto ano consecutivo em que esse padrão se mantinha, a ponto de se tornar um dos assuntos mais comentados e debatidos entre os torcedores e especialistas do futebol.
Em 2023, foi a vez do Fluminense fazer história e conquistar sua primeira Libertadores, e para manter a tradição, o Tricolor Carioca também emergiu do mesmo setor do chaveamento. A equipe de Fernando Diniz, com seu estilo de jogo envolvente e ousado, derrotou o Boca Juniors no Maracanã, prolongando a curiosa sequência de campeões que haviam iniciado suas jornadas pelo lado direito do mata-mata. Essa conquista reforçou ainda mais a mística em torno desse aspecto do sorteio.
O ano de 2024, por sua vez, adicionou mais um capítulo a essa história. O Botafogo, que chegou à competição com menos expectativas do que alguns de seus rivais, protagonizou uma virada de chave impressionante. A equipe carioca embalou em um ritmo avassalador nas fases eliminatórias, apresentou um crescimento de produção notável e, também vindo pelo lado direito do chaveamento, levantou sua primeira taça da Libertadores. Neste ponto, já eram seis campeões consecutivos que surgiram do mesmo lado do quadro, transformando o que antes poderia ser considerado uma mera coincidência em uma estatística quase mística, digna de análise e admiração.
A Final de 2025: Flamengo em Busca da Manutenção do Padrão
Agora, com a final da Copa Libertadores da América de 2025 se aproximando, a expectativa se volta para o confronto entre Palmeiras e Flamengo. E, para aumentar ainda mais o interesse em torno da partida, o Flamengo, novamente, se encontra posicionado no lado direito do chaveamento. Caso o Rubro-Negro consiga sagrar-se campeão, não apenas estará conquistando seu tetracampeonato na competição, mas também manterá vivo esse padrão que se estabeleceu firmemente desde 2019. Essa possibilidade reforça ainda mais a percepção de que, na era das finais únicas, o lado direito do chaveamento se tornou, de fato, o caminho preferencial para a glória na Libertadores, um dado que adiciona uma camada extra de expectativa e misticismo a essa aguardada decisão.

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