A gestão financeira do Corinthians tem sido um ponto de debate intenso nos bastidores do futebol brasileiro. Em meio a resultados inconsistentes no Campeonato Brasileiro Betano, onde a equipe acumula 42 pontos em 33 partidas e ocupa a 13ª posição, a busca por uma classificação para competições internacionais no próximo ano se torna o principal objetivo. No entanto, o foco da diretoria em reforçar o elenco tem levantado questionamentos sobre as prioridades do clube.
O cenários atual do Timão no Brasileirão
O momento do Corinthians na Série A do Brasileirão Betano é delicado. Duas derrotas consecutivas deixaram o clube em uma posição incômoda na tabela, longe das primeiras colocações e com a necessidade de uma reação imediata para alcançar seu objetivo de disputar uma vaga em torneios continentais na próxima temporada. A pressão por resultados positivos é palpável, e a torcida anseia por uma melhora significativa no desempenho em campo. A campanha atual, com 42 pontos em 33 jogos, demonstra a dificuldade que a equipe tem encontrado para se firmar entre os líderes e assegurar sua presença em competições de maior prestígio.
Reforços em pauta: Michael e a polêmica
A diretoria corintiana tem demonstrado um claro interesse em qualificar o elenco para os próximos desafios, e o mercado da bola tem sido monitorado de perto. Um dos nomes que surgiu com força nos bastidores foi o do atacante Michael, de 29 anos, que atualmente tem tido poucas oportunidades no Flamengo. A possibilidade de sua contratação para o ano que vem tem gerado diferentes reações, especialmente entre aqueles que acompanham de perto a situação financeira do clube.
A visão de um ex-craque: Prioridade financeira
A movimentação do Corinthians em busca de reforços como Michael não passou despercebida por figuras experientes do futebol. Em participação recente no UOL News Esporte, um renomado ex-jogador e comentarista teceu críticas contundentes à abordagem da diretoria alvinegra. Segundo ele, a prioridade máxima do clube deveria ser a organização financeira, antes de sequer cogitar novas contratações. A declaração aponta para uma discrepância entre a realidade financeira do clube e as ambições de mercado.
A crítica foi direcionada à aparente desconexão da diretoria com a situação econômica atual. “O Corinthians vive fora da realidade, vive num universo paralelo. Vive também numa negação, como eu falei do Neymar. O Corinthians vive em negação. O Corinthians acha que tá rico”, pontuou o comentarista, em uma análise que busca trazer os pés da gestão para o chão. A frase resume a preocupação de que o clube esteja agindo como se não enfrentasse restrições financeiras, ignorando o peso de suas dívidas e a necessidade de um planejamento sólido.
O que realmente precisa o Corinthians?
A fala do ex-jogador vai além de uma simples opinião sobre contratações. Ela toca em um ponto crucial da saúde de qualquer instituição esportiva: a sustentabilidade financeira. A sugestão de que o Corinthians “acha que não tem transferban, que a arena é dele, sabe? E fica pensando em contratações” ilustra a percepção de que o clube estaria agindo de forma impulsiva, sem o devido cuidado com suas finanças. A mensagem é clara: antes de pensar em expandir o elenco com novos nomes, é fundamental priorizar a quitação de débitos e a estabilidade econômica.
A busca por reforços, embora seja uma prática comum e necessária no futebol para manter a competitividade, pode se tornar um tiro no pé se não estiver alinhada a um plano financeiro robusto. A opinião expressa sugere que o Corinthians estaria negligenciando a importância de “se organizar pra começar a diminuir as dívidas”, um passo que, na visão do comentarista, deveria ser o foco principal da diretoria. Essa abordagem preventiva é vista como essencial para garantir a longevidade e a solidez do clube a longo prazo.
Outros alvos e a concorrência no mercado
Além de Michael, a diretoria do Corinthians também demonstrou interesse em Everton Cebolinha, jogador que também tem tido espaço limitado no Flamengo. A intenção do clube paulista é buscar a contratação de forma definitiva, sem custos de transferência ou, no mínimo, através de um empréstimo. Contudo, Cebolinha tem aproveitado as chances que tem recebido sob o comando de Filipe Luís, mostrando um bom desempenho em campo. Somado a isso, o Grêmio, clube que revelou o atacante, também manifesta interesse em repatriá-lo, o que adiciona uma camada extra de complexidade à negociação e evidencia a concorrência no mercado.

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