O desafio de Juan Pablo Vojvoda para armar o meio-campo do Santos contra o Palmeiras neste sábado, às 21h, na Vila Belmiro, se apresenta como um verdadeiro quebra-cabeça tático. Com o Peixe em uma situação delicada na reta final do Brasileirão, a escolha dos jogadores que comporão o setor nevrálgico da equipe pode ser o divisor de águas para a busca pela recuperação e para afastar a zona de rebaixamento. O treinador argentino estuda atentamente três configurações distintas, cada uma com suas particularidades e objetivos estratégicos, visando o equilíbrio ideal entre solidez defensiva, organização na posse de bola e capacidade de infiltração no ataque. A partida contra um arquirrival histórico eleva a importância de cada detalhe, e a formação do meio-campo é, sem dúvida, uma das peças-chave para a esperança santista.
A formação tática do meio-campo do Santos contra o Palmeiras é um dos focos principais de Juan Pablo Vojvoda. O técnico analisa três opções distintas para encontrar o equilíbrio ideal entre defesa, organização e ataque. A equipe busca a vitória para melhorar sua posição no campeonato brasileiro. A partida acontecerá neste sábado, às 21h, na Vila Belmiro. A estratégia para o meio-campo é considerada crucial para a reta final do torneio.
A Base da Organização Tática
A configuração mais recorrente e que tem servido de espinha dorsal nas últimas apresentações do Santos é aquela que se apoia em um tripé formado por Willian Arão, João Schmidt e Zé Rafael. Nesta estrutura, Willian Arão assume a responsabilidade primordial de garantir a proteção à linha defensiva, atuando como um escudo protetor que desarma os ímpetos ofensivos adversários. Paralelamente, João Schmidt é o maestro do meio-campo, ditando o ritmo da partida, orquestrando a circulação da bola com precisão e inteligência, e garantindo que a equipe mantenha o controle da posse. Zé Rafael, por sua vez, cumpre um papel fundamental de elemento surpresa, explorando os espaços entre as linhas de marcação do adversário, aparecendo de forma inesperada e oferecendo uma ameaça constante à meta rival, frequentemente pisando na área para concluir as jogadas.
Explorando as Variações e a Intensidade
Uma alternativa que ganha força no planejamento de Vojvoda considera Gabriel Bontempo como um elemento de grande potencial para injetar ainda mais intensidade e dinamismo ao setor. A atuação expressiva de Bontempo no confronto contra o Flamengo, quando entrou no segundo tempo e protagonizou uma mudança notável no ritmo da partida, além de ter contribuído com um gol, elevou significativamente sua moral e a confiança do treinador em seu potencial. Nesta formação alternativa, Willian Arão manteria sua função de primeiro volante, garantindo a segurança defensiva. Contudo, a presença de Zé Rafael e Bontempo ao seu lado proporcionaria um nível superior de intensidade, uma maior capacidade de pressão na zona de ataque e uma chegada mais incisiva ao último terço do campo, buscando desestabilizar a defesa palmeirense com jogadas rápidas e imprevisíveis.
A Surpresa Tática: Arão na Zaga
A terceira via que Vojvoda considera, e que já foi utilizada em momentos pontuais da temporada, envolve uma alteração estratégica mais profunda: a possibilidade de recuar Willian Arão para a posição de zagueiro. Essa adaptação traria uma dinâmica completamente nova ao meio-campo santista. Com Arão compondo a dupla de zaga, o setor de criação seria formado por João Schmidt, Zé Rafael e Gabriel Bontempo. Essa formação prometaria oferecer uma mobilidade ainda maior ao time, permitindo um início de construção de jogadas mais qualificado e elaborado, com os jogadores da retaguarda participando ativamente da saída de bola e ditando o ritmo desde os primeiros toques. A flexibilidade tática de Arão se mostra como um trunfo valioso para Vojvoda.
O Contexto e a Urgência da Vitória
O Santos atravessa um período de turbulência no Campeonato Brasileiro. Atualmente ocupando a incômoda 17ª posição na tabela, com 33 pontos somados, a equipe amarga uma sequência de cinco partidas sem conhecer o sabor da vitória. O clima interno é de grande apreensão, e a definição da estrutura do meio-campo para este clássico contra o Palmeiras é vista como um dos pilares fundamentais para resgatar a organização tática, a confiança e a capacidade de competir em igualdade de condições em um dos confrontos mais aguardados e intensos do calendário nacional. Cada ponto conquistado nesta reta final pode significar a diferença entre a permanência na elite do futebol brasileiro e o temido rebaixamento.

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