O volante Casemiro, um dos pilares da Seleção Brasileira, concedeu uma entrevista reveladora, compartilhando suas impressões sobre o momento da equipe nacional rumo à Copa do Mundo de 2026. Com a experiência de quem já participou de duas edições do torneio, o jogador exala confiança na capacidade do Brasil de competir em alto nível, mesmo reconhecendo o pouco tempo de trabalho sob o comando do técnico Carlo Ancelotti. Para Casemiro, a qualidade individual dos atletas brasileiros é um diferencial inquestionável, permitindo que a equipe “compita contra qualquer um”. A conversa abordou ainda a importância de Neymar, a evolução do futebol, as mudanças geracionais e as experiências marcantes em Copas anteriores.
Casemiro Aposta em um Brasil Forte para a Copa do Mundo de 2026
Com a iminente Copa do Mundo de 2026 se aproximando, o experiente volante Casemiro demonstra otimismo quanto ao desempenho da Seleção Brasileira. Em uma conversa exclusiva, o jogador destacou a força e a qualidade do elenco verde-amarelo, ressaltando que o Brasil tem o potencial para figurar entre as principais potências do futebol mundial. Apesar de reconhecer que o tempo de trabalho com o novo comando técnico é limitado, Casemiro acredita que a união do grupo e a expertise de Carlo Ancelotti serão fundamentais para a construção de um time competitivo. “Eu penso que nós iremos chegar muito fortes”, afirmou o volante, confiante de que o Brasil pode rivalizar com as melhores seleções do planeta.
A declaração de Casemiro vem em um momento crucial para a Seleção, que busca se consolidar após os ciclos anteriores. Ele argumenta que, apesar de outras seleções já possuírem um trabalho mais consolidado com seus treinadores, o Brasil compensa essa diferença com a matéria-prima de altíssimo nível que possui. “Se você for analisar jogador por jogador, você fala: nós podemos competir contra qualquer um”, defendeu, citando nomes como Alisson, Marquinhos, Bruno Guimarães, Vini Jr. e Rodrygo como exemplos de atletas que brilham em qualquer clube do mundo e, consequentemente, podem formar uma seleção de ponta.
A Indispensabilidade de Neymar e a Tática para Potencializá-lo
Um dos pontos mais debatidos na Seleção Brasileira é a presença de Neymar na Copa de 2026. Casemiro, com sua longa convivência com o atacante desde a infância, defende veementemente a convocação do jogador, desde que ele esteja em plenas condições físicas e mentais. “Esse cara é indispensável para qualquer seleção. Ele estando bem, seria muito importante para nós, porque é um cara de outro mundo”, declarou o volante, que vê em Neymar a capacidade de decidir partidas a qualquer momento. Ele comparou a situação com o que a Argentina faz com Lionel Messi, sugerindo que a Seleção pode adaptar sua forma de jogar para que Neymar se sinta mais confortável e com energia para os momentos cruciais.
Casemiro explicou que a ideia não é simplesmente “jogar para Neymar”, mas sim otimizar o talento do craque. Ele mencionou o exemplo argentino, onde jogadores como Julián Álvarez realizavam tarefas defensivas para liberar Messi. Da mesma forma, o volante se colocou à disposição para “se desdobrar dentro de campo para ele dar o último passe, fazer o gol”. Para Casemiro, a linha entre a vitória e a derrota no futebol moderno é muito tênue, e jogadores com o calibre de Neymar têm o poder de romper essa barreira e solucionar jogos complicados, como ele mesmo exemplificou com um gol decisivo em uma partida contra a Croácia.
A Evolução do Futebol e os Desafios da Nova Geração
Ao se aproximar dos 34 anos, Casemiro reflete sobre as profundas transformações que presenciou no mundo do futebol e na vida em geral. Ele aponta que o futebol se tornou mais equilibrado e detalhista, com seleções que antes não eram consideradas favoritas apresentando grande competitividade. “Cada vez mais o futebol está se equilibrando mais. Está muito no detalhe”, observou, lembrando de eliminações surpreendentes como a da Croácia contra o Brasil e a campanha de Marrocos na última Copa.
O volante também comentou sobre a nova geração de jogadores, que vivenciam um ambiente diferente do que ele experimentou em seus primeiros anos de carreira. A influência das redes sociais, a individualização da concentração e a maior comunicação com o mundo exterior através da tecnologia são aspectos que marcam essa mudança. “Hoje o jogador é muito mais empresa, ele tem o seu estafe e depois ele vai para o coletivo, que é o futebol”, analisou. Ele reconhece que essa transição geracional é natural e que a preocupação em “passar o bastão” se manifesta de diferentes formas, com jogadores como Marquinhos, Alisson e Bruno Guimarães já demonstrando maturidade e liderança.
O Peso das Eliminações e a Busca por Superação
Casemiro não esconde a dor das eliminações em Copas do Mundo, especialmente a derrota para a Croácia na última edição. Ele descreveu o sentimento como um dos mais dolorosos de sua carreira, marcado pela proximidade da classificação e pela forma como o jogo se desenrolou. “A segunda Copa do Mundo foi a derrota mais dolorosa que eu tive na minha carreira. Foi a da Croácia. Acho que eu chorei. Eu me senti muito triste, sabe? Não só pela forma que foi, mas pelo tão próximo (da classificação) que foi”, relatou com emoção.
O jogador também falou sobre a sua relação com o técnico Carlo Ancelotti, com quem já trabalhou no Real Madrid. Ele destacou a capacidade do treinador em lidar com os jogadores brasileiros, criando um ambiente leve e divertido, mas sem perder o rigor na hora de exigir. Casemiro vê Ancelotti como um fator importante para o sucesso da Seleção, capaz de transformar jogadores e unir o grupo. “Ele é um cara que gosta da resenha, de brincar, de deixar o ambiente bem divertido. Mas, na hora de cobrar, cobra firme”, disse.
Planos para o Futuro e a Continuidade no Futebol
Com o contrato no Manchester United se aproximando do fim e o aniversário de 34 anos em fevereiro de 2026, Casemiro pensa no futuro. Ele não descarta a possibilidade de continuar no futebol após se aposentar dos gramados, mas ressalta a importância de um tempo para a família. Seu planejamento, no entanto, é focado em objetivos de curto prazo, como chegar bem à Copa do Mundo e manter um alto nível de performance em seu clube. “Futebol é a minha vida, né? Então, é inevitável (continuar no meio)”, ponderou, evidenciando a sua paixão pelo esporte que o consagrou.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores







