Um lance polêmico marcou o primeiro tempo do confronto entre Cruzeiro e Fluminense, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, no último domingo, 9 de outubro. Aos 46 minutos, uma disputa de bola resultou em um choque entre o meia cruzeirense Matheus Pereira e o volante tricolor Facundo Bernal. O impacto atingiu o rosto do jogador do Fluminense, que precisou de atendimento médico e saiu sangrando. A jogada gerou intensos debates e questionamentos sobre a aplicação das regras por parte da arbitragem.
A ação, que ocorreu poucos minutos antes do intervalo, levantou a possibilidade de expulsão para Matheus Pereira. No entanto, o árbitro principal da partida, Rodrigo José Pereira de Lima, de Pernambuco, optou por não punir o jogador do Cruzeiro com cartão, nem amarelo nem vermelho. Essa decisão, tomada sem a intervenção inicial do árbitro de vídeo (VAR), causou forte insatisfação entre os jogadores e a comissão técnica do Fluminense, que clamavam por uma penalidade mais rigorosa diante da gravidade do choque.
Análise Detalhada do Lance e a Decisão do VAR
A repercussão do lance foi tanta que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu divulgar o áudio da cabine do VAR na segunda-feira seguinte à partida. A gravação revelou a conversa entre os responsáveis pela revisão das imagens e o árbitro de campo. Desde o primeiro momento, a equipe do VAR, liderada pelo árbitro de vídeo Wagner Reway, classificou a ação de Matheus Pereira como “acidental”. A justificativa utilizada foi que o jogador do Fluminense já estava em processo de queda no momento do contato, o que teria contribuído para o desequilíbrio e, consequentemente, para o choque involuntário do cotovelo do meia do Cruzeiro.
A comunicação entre a cabine do VAR e o árbitro de campo foi clara. Um integrante da equipe de vídeo salientou que “Inclusive, o jogador de azul já estava caindo”. Após a revisão das imagens no monitor posicionado à beira do gramado, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima manteve a decisão de não punir Matheus Pereira. Sua argumentação foi que o movimento do braço do meia cruzeirense foi uma reação direta à entrada de Bernal, que teria desequilibrado o jogador. “Acho que o braço dele bate no rosto do jogador porque ele é calçado, está vendo? É o ponto de equilíbrio dele. Para mim é sem cartão amarelo nem vermelho, ok?”, declarou o árbitro, ponderando que a ação não foi intencional e que a queda do adversário foi o fator determinante.
É importante ressaltar que Matheus Pereira já possuía um cartão amarelo na partida. Caso recebesse uma nova advertência, ele seria expulso do jogo, o que adicionaria um novo capítulo à polêmica. A decisão de manter a jogada em andamento, sem punição, aliviou a situação do Cruzeiro, mas gerou frustração para a equipe visitante, que sentiu que a infração merecia uma sanção mais severa.
O Desfecho da Partida e o Empate Sem Gols
Apesar do lance polêmico, a partida entre Cruzeiro e Fluminense terminou sem gols. O placar de 0 a 0 refletiu um jogo onde as equipes não conseguiram capitalizar suas oportunidades, ou, em alguns momentos, foram barradas por defesas sólidas e a falta de pontaria. O empate, apesar de não alterar drasticamente a posição de nenhuma das equipes na tabela, representou mais um resultado que afasta o Cruzeiro de seus objetivos na reta final do campeonato, enquanto o Fluminense soma um ponto fora de casa, em uma campanha que busca se consolidar.
Impacto dos Resultados na Briga pelo Título do Brasileirão
Os resultados da 33ª rodada do Brasileirão Betano trouxeram movimentações significativas na disputa pelo título. De acordo com as projeções do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Flamengo se consolidou como o principal favorito, aumentando suas chances de campeão de 21,7% para 43,7% após a vitória sobre o Santos. Por outro lado, o Palmeiras, que liderava com uma margem considerável, viu sua probabilidade de conquista cair de 74,8% para 54,6% após a surpreendente derrota para o Mirassol. O próprio Cruzeiro, com o empate contra o Fluminense, viu suas chances de título diminuírem ainda mais, passando de 3,4% para 1,7%. Até mesmo o Mirassol surge como um azarão com remotas chances, apresentando apenas 0,02% de probabilidade de erguer a taça, demonstrando a distância que o separa das equipes que brigam na parte de cima da tabela.

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