O Fluminense desperdiçou uma oportunidade valiosa de ingressar no seleto grupo de classificação para a Copa Libertadores da América de 2025 ao empatar com o Cruzeiro no último domingo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. O resultado, um placar de 0 a 0, deixou o Tricolor das Laranjeiras na sétima posição, com 51 pontos, fora do G-6 que garante vaga direta no torneio continental.
Insatisfação com a arbitragem marca o confronto
A partida, realizada no Mineirão, foi marcada por uma polêmica que gerou forte reação por parte da comissão técnica do Fluminense. O técnico Fernando Diniz, após o apito final, expressou sua discordância com a atuação do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, em especial em um lance envolvendo o jogador Matheus Pereira, do Cruzeiro. O treinador apontou que uma agressão do meia celeste sobre o volante Bernal não resultou em punição disciplinar, o que, em sua visão, poderia ter mudado o curso do jogo.
Diniz fez questão de ressaltar a qualidade do árbitro, classificando-o como um dos melhores do cenário nacional. Contudo, argumentou que a decisão de não punir Matheus Pereira com pelo menos um cartão amarelo foi equivocada. A expulsão do jogador cruzeirense, que já possuía um cartão amarelo, teria sido o desfecho natural daquela jogada, segundo a interpretação do comandante tricolor. Essa ausência de uma punição mais severa gerou frustração e questionamentos sobre os critérios utilizados pela equipe de arbitragem.
Análise profunda do duelo no Mineirão
O treinador do Fluminense, em sua análise pós-jogo, descreveu o confronto como extremamente difícil, admitindo que a sorte não tem estado ao lado da equipe em jogos apitados pelo mesmo profissional. Ele relembrou uma situação semelhante ocorrida contra o Mirassol, reforçando a sensação de que os lances cruciais não têm sido favoráveis ao Tricolor. Apesar das ressalvas pontuais, Diniz reafirmou sua opinião sobre a competência do árbitro, mas insistiu que, naquele lance específico, um cartão amarelo para Matheus Pereira seria o mínimo esperado.
“São jogos difíceis para todos, inclusive para o árbitro. Não temos tido sorte com esse árbitro. Aconteceu contra o Mirassol e aconteceu hoje com a (não) expulsão. Ao menos, senti que poderia ser cartão amarelo, mas acho que é um grande árbitro”, declarou Diniz em entrevista coletiva. Ele prosseguiu, detalhando sua visão: “Creio que estamos falando de um dos melhores árbitros do Brasil. Eu disse isso a ele. Mas, apesar disso, do que se viu na arbitragem, me parece que no mínimo o camisa 10 deles, Matheus Pereira, deveria ter recebido cartão amarelo.”
Foco voltado para o clássico e a pausa para a Data FIFA
Com o empate, o Fluminense agora se prepara para um período de inatividade devido à Data FIFA. O elenco tricolor só retornará aos gramados no dia 19, quando terá pela frente um dos confrontos mais esperados do calendário: o clássico contra o arquirrival Flamengo. A partida acontecerá no icônico Maracanã, com pontapé inicial marcado para as 21h30. Este jogo assume uma importância ainda maior, dada a necessidade do Fluminense de reagir e buscar uma ascensão na tabela de classificação.
O treinador também comentou sobre o desempenho geral da equipe durante a partida contra o Cruzeiro. Ele caracterizou o duelo como bem disputado, elogiando as atuações do goleiro Fábio, que interveio com sucesso em diversas oportunidades. Diniz admitiu que o Fluminense também teve seus momentos para marcar, mas reconheceu dificuldades na construção de jogadas nos minutos finais. “Foi uma partida bem disputada. Eles tiveram algumas ocasiões, e o Fábio respondeu muito bem. E nós tivemos o nosso momento para marcar, mas nos últimos 15, 20 minutos, não conseguimos construir jogadas para atacar o espaço, para machucar o adversário”, analisou.
Apesar das frustrações, Diniz buscou manter um tom ponderado, avaliando que o placar de 0 a 0 não esteve totalmente fora do contexto da partida. Ele reconheceu que o Cruzeiro teve chances mais claras de gol, mas a competitividade e a postura da equipe tricolor foram pontos positivos a serem destacados. “Mas, no geral, o time se comportou bem, foi competitivo, e o 0 a 0 não está fora de contexto. Apesar de eles terem tido um par de situações mais claras que a nossa equipe, está dentro do contexto”, concluiu o treinador, já projetando os desafios futuros.

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