A partida entre Cruzeiro e Fluminense, válida pelo Campeonato Brasileiro, que ocorreu neste domingo (26 de maio) no Mineirão, terminou marcada por fortes declarações do lateral-direito Samuel Xavier, do Fluminense. Logo ao final do primeiro tempo, o jogador expressou sua insatisfação com uma decisão da arbitragem, que gerou polêmica e debate em campo e nas arquibancadas.
O lance em questão aconteceu aos 46 minutos da primeira etapa, quando o meia Matheus Pereira, do Cruzeiro, atingiu o rosto do volante Bernal, do Fluminense, com o braço. A gravidade do impacto fez com que Bernal caísse no gramado com o rosto sangrando, necessitando de atendimento médico imediato. A situação escalou para uma revisão no VAR, com o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima se dirigindo ao monitor para analisar a jogada.
A decisão final do árbitro, no entanto, não foi a expulsão de Matheus Pereira, que já possuía um cartão amarelo desde os 26 minutos do primeiro tempo por uma falta tática. A ausência de uma punição mais severa foi o estopim para a revolta de Samuel Xavier, que, em entrevista na saída para o intervalo, desabafou sobre a atuação da equipe de arbitragem e a falta de responsabilização dos profissionais.
Críticas contundentes à arbitragem e a falta de cobrança
Samuel Xavier não poupou críticas à decisão do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, que optou por não expulsar Matheus Pereira, mesmo após a consulta ao VAR. Segundo o lateral-direito, as imagens transmitidas pelo telão do estádio e para todo o Brasil demonstraram claramente a falta cometida pelo jogador cruzeirense. “O telão mostrou para todo mundo que está assistindo, para todo o Brasil, todos os torcedores, todo mundo que viu que esse lance, se ele errasse, se ele desse amarelo, ele estava errado. E ele teria que expulsar o Matheus, porque já tem amarelo. Ele já estaria errado tendo amarelo, porque isso aí é pra ser expulsão direta, cartão vermelho direto”, declarou o jogador.
A frustração de Samuel Xavier reside na percepção de uma falta de rigor e de consequências para os árbitros em caso de erros. Ele contrastou a situação dos jogadores, que são frequentemente cobrados por torcedores em diversos locais, com a dos árbitros, que, segundo ele, gozam de um certo anonimato em suas falhas. “Mas aí, nós vamos falar de novo, estamos cansados de falar de arbitragem, mas não tem que cansar de falar de arbitragem. Se tiver errado, a gente tem que falar, porque quando o Samuel ou qualquer outro jogador erra, nós somos cobrados por um torcedor, onde nós vamos, restaurante, nós somos cobrados. Eles não são cobrados, tem que ser cobrado, gente, pelo amor de Deus”, enfatizou.
A necessidade de responsabilização no futebol brasileiro
O lateral do Fluminense argumentou que a falta de cobrança efetiva sobre os árbitros contribui para a perpetuação de erros e para a insatisfação geral com a qualidade da arbitragem no futebol brasileiro. Para ele, a CBF, responsável pela gestão da arbitragem, deveria implementar mecanismos mais transparentes e eficazes de avaliação e feedback para os profissionais. “Nós temos que ter sabedoria disso, o jogador é cobrado quando erra, o árbitro é cobrado por quem? A CBF, é quem vai lá, faz uma reunião entre eles, ele fica escondido, e ninguém fala nada. Vai continuar errado até quando? Temos que mudar isso, pro Brasil melhor, pro futebol brasileiro melhor, gente”, disparou Samuel Xavier, evidenciando seu desejo por uma reforma no sistema de arbitragem.
O lance polêmico e o histórico de Matheus Pereira
O incidente que desencadeou as falas de Samuel Xavier ocorreu em um momento crucial do primeiro tempo. A agressão de Matheus Pereira contra Bernal, que resultou em sangramento para o jogador do Fluminense, foi objeto de intensa discussão. O fato de Matheus Pereira já ter recebido um cartão amarelo minutos antes tornou a decisão do árbitro de não expulsá-lo ainda mais questionável para a equipe tricolor. A dinâmica da partida e os resultados subsequentes, embora não detalhados aqui, foram influenciados por essa e outras decisões em campo.
A busca por um futebol mais justo e transparente
As declarações de Samuel Xavier ressoam com um sentimento de insatisfação que paira sobre o futebol brasileiro em relação à arbitragem. A reivindicação por maior transparência, responsabilidade e justiça nas decisões em campo é um clamor antigo de jogadores, técnicos e torcedores. A esperança é que tais manifestações sirvam como um catalisador para discussões e mudanças que beneficiem o esporte e proporcionem um ambiente mais equitativo para todos os envolvidos nas competições.

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