Ainda digerindo o revés em casa, o Vasco da Gama viu sua sequência invicta ser interrompida pelo São Paulo em um confronto válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O placar final, 2 a 0 para o Tricolor Paulista, selou a derrota cruzmaltina em São Januário neste domingo. Apesar do resultado adverso, a equipe carioca busca manter a confiança, focando nos aspectos positivos e nas lições a serem aprendidas para os próximos desafios. O zagueiro colombiano Carlos Cuesta, peça fundamental na defesa vascaína, analisou a partida e destacou um lance crucial que, segundo ele, alterou o curso do jogo: um pênalti marcado nos acréscimos do primeiro tempo.
Análise Tática e o Ponto de Virada
Cuesta não escondeu a frustração com o desfecho, mas fez questão de ressaltar que o desempenho da equipe não foi de todo ruim. Ele apontou a falta de criação de jogadas perigosas como um dos pontos fracos na partida contra o São Paulo. “É algo que aconteceu de maneira inexplicável. Vínhamos jogando muito bem. Hoje, faltou criar mais perigo”, lamentou o defensor. Para Cuesta, o gol sofrido no final da primeira etapa, convertido por Lucas Moura, teve um impacto psicológico considerável. “O gol no fim do 1º tempo nos afetou rápido e mudou tudo, porque eles voltaram um pouco mais atrás e nos fizeram ter de encontrar outras formas de jogo”, explicou, detalhando como a dinâmica da partida se transformou após o gol paulista. Ele acredita que, antes desse lance, o time demonstrava controle sobre as ações: “Mas não foi um mal jogo. Creio que no 0 a 0 estávamos controlando. Depois, mudou tudo.”
O Lance Polêmico e a Revisão do VAR
O pênalti em questão ocorreu nos minutos finais da primeira etapa, após uma cobrança de escanteio. Na disputa pela bola na área, o vascaíno Paulo Henrique e o são-paulino Aborleda se enroscaram. Inicialmente, o árbitro Wilton Pereira Sampaio nada marcou e sinalizou o fim do primeiro tempo. Contudo, o árbitro de vídeo (VAR) interveio, chamando o juiz principal para revisar o lance no monitor. Após a análise das imagens, a decisão foi mantida: pênalti para o São Paulo. A conversão certeira de Lucas Moura abriu o placar e estabeleceu a vantagem para a equipe visitante.
Avaliação do Momento da Equipe
Questionado sobre a possibilidade de a derrota em casa gerar um “alerta” para a equipe comandada por Fernando Diniz, Cuesta mostrou confiança na resiliência do grupo. Ele evitou usar o termo “alerta”, preferindo focar na natureza imprevisível do futebol. “Não é um alerta porque quando ganhamos três jogos sem sofrer gol é porque todos estamos trabalhando muito bem”, defendeu o zagueiro, enfatizando a importância do trabalho coletivo. Ele citou a necessidade de olhar para frente e identificar os pontos a serem aprimorados, mas sem desmerecer o esforço da equipe. “O alerta é olhar para o próximo jogo e ver o que precisamos corrigir. Mas não é um alerta de que não estamos trabalhando bem. Ao contrário, estamos trabalhando muito. O jogo tem isso, coisas que se dão de forma imprevisível, como o pênalti”, reiterou, projetando a busca por uma reação.
Posição na Tabela e Próximo Confronto
Com este resultado, o Vasco da Gama sofreu uma queda na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O São Paulo, com a vitória, ultrapassou o Gigante da Colina, que agora figura na 9ª posição. Além de ser ultrapassado pelo adversário do dia, o Cruzmaltino desperdiçou uma oportunidade valiosa de se aproximar da zona de classificação para a Copa Libertadores da América, especialmente considerando a derrota do Fluminense para o Ceará no mesmo dia. O time agora volta suas atenções para o próximo compromisso, marcado para a quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília). O adversário será o Botafogo, em um clássico carioca disputado no Estádio Nilton Santos, conhecido como Engenhão.

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