A chegada de Carlos Cuesta e Robert Renan ao Vasco da Gama marcou um ponto de virada significativo na temporada do clube. A dupla de zaga demonstrou uma adaptação notavelmente rápida em São Januário, conquistando rapidamente o apoio da torcida vascaína. Um dos indicadores mais claros do impacto positivo desses reforços é o desempenho defensivo: o Vasco não sofre gols em suas partidas quando ambos estão em campo desde o clássico contra o Flamengo, em 21 de setembro.
O Impacto Imediato da Dupla de Zaga Vascaína
Desde que Cuesta e Robert Renan passaram a formar a dupla de defesa titular, o Vasco embarcou em uma sequência invicta impressionante. As quatro partidas subsequentes – contra Cruzeiro, Fortaleza, Fluminense e Bragantino – viram a meta vascaína permanecer intacta. Essa solidez defensiva, que totaliza 419 minutos, ou quase sete horas de invencibilidade sem sofrer gols, é um testemunho direto da sinergia e da qualidade apresentada pelos dois zagueiros. A análise desses números, provenientes de fontes confiáveis como o Gato Mestre, reforça a tese de que a defesa vascaína encontrou um novo patamar de segurança com essa parceria.
Adaptação e Desafios Iniciais da Dupla
Apesar do sucesso recente, a adaptação inicial da dupla não foi completamente isenta de testes. As únicas vezes em que o Vasco sofreu gols jogando com Cuesta e Robert Renan em campo ocorreram nas duas primeiras partidas em que estiveram juntos. Na estreia de Cuesta, o zagueiro colombiano entrou no segundo tempo contra o Ceará e até marcou um gol, colocando o Vasco à frente. No entanto, uma falha defensiva nos minutos finais custou a vitória, com o adversário conseguindo o empate. No clássico contra o Flamengo, a dupla começou como titular, mas o placar foi aberto rapidamente pelo adversário. A partida teve mais um revés quando Robert Renan precisou ser substituído ainda no primeiro tempo devido a uma concussão, uma situação que interrompeu a sequência da dupla em campo.
A Importância da Continuidade Defensiva
A ausência de um dos membros da dupla de zaga se mostrou crucial nos resultados recentes do Vasco. Em três partidas específicas onde o time sofreu gols – contra Bahia, Vitória e Palmeiras – a ausência de Carlos Cuesta ou Robert Renan foi um fator determinante. No caso de Carlos Cuesta, lesões na coxa o afastaram do time em alguns momentos importantes, como nas partidas contra Vitória e Palmeiras. Essa dependência da presença da dupla para manter a invencibilidade sublinha a importância que eles adquiriram para a estrutura defensiva do clube, atuando como pilares que sustentam a solidez da equipe.
Uma Solução para um Problema Crônico do Vasco
A parceria entre Cuesta e Robert Renan parece ter finalmente oferecido uma solução para um dos problemas mais persistentes do Vasco nos últimos anos: a instabilidade defensiva. Desde o seu retorno à elite do futebol brasileiro, o clube tem lutado para encontrar uma dupla de zaga confiável e segura. A dificuldade em manter defensores por um longo período ou em encontrar unanimidade em uma posição tão crucial tem sido uma constante. Essa busca por segurança na defesa se reflete nos altos investimentos feitos em jogadores que, infelizmente, não corresponderam às expectativas geradas. João Victor, contratado como o reforço mais caro da história do clube, não conseguiu replicar o desempenho esperado, assim como outros nomes que passaram por São Januário sem deixar uma marca de solidez.
Histórico de Investimentos e a Busca por Estabilidade
Ao longo das últimas temporadas, o Vasco apostou em diversas opções para reforçar seu sistema defensivo, com investimentos consideráveis que não resultaram na estabilidade desejada. Nomes como Léo, Medel, Maicon, Capasso, Rojas e Robson Bambu passaram pelo clube, cada um com suas particularidades e, em muitos casos, com passagens que não firmaram uma solidez duradoura. Medel e Maicon, por exemplo, tiveram um bom desempenho no segundo semestre de 2023, mas viram sua produção cair posteriormente. Capasso, um investimento de R$ 8 milhões, nunca conseguiu se firmar como titular incontestável. Rojas e Robson Bambu, em suas passagens por empréstimo, também não deixaram saudade. O atual presidente, Pedrinho, reconhecendo a fragilidade crônica do sistema defensivo, fez da contratação de novos zagueiros uma prioridade no início do ano, trazendo Maurício Lemos, Lucas Oliveira e Lucas Freitas. No entanto, as vulnerabilidades persistiram durante o primeiro semestre, levando a uma nova reformulação na defesa, que culminou na chegada de Cuesta e Robert Renan, a dupla que agora parece ter encontrado a chave para a solidez vascaína.

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