O Club Atlético Boca Juniors, gigante do futebol argentino, encontra-se em um momento de transição e reestruturação em busca de um novo comandante para o seu banco de reservas. A recente perda do treinador Miguel Ángel Russo, ocorrida em 8 de outubro, abriu uma lacuna que a diretoria do clube busca preencher com um profissional de calibre e com um perfil específico: experiência em competições sul-americanas, especialmente a Copa Libertadores da América, torneio que o Boca almeja reconquistar seu protagonismo na próxima temporada de 2025.
Nesse cenário de indefinição, nomes de treinadores que possuem um histórico marcante no futebol brasileiro e sul-americano começam a ganhar força nos bastidores da La Bombonera. Dois técnicos com passagens notórias pela dupla Gre-Nal, maior rivalidade do Rio Grande do Sul, despontam como fortes candidatos a assumir o desafio de comandar a equipe xeneize.
A busca por um nome “copeiro” para o Boca Juniors
A prioridade da cúpula do Boca Juniors é clara: encontrar um treinador com vivência e sucesso em torneios de mata-mata e de longa duração, características essenciais para a disputa da Libertadores. A diretoria busca um profissional capaz de impor sua filosofia de jogo, gerenciar grupos de jogadores experientes e, acima de tudo, ter a frieza e a inteligência tática para conduzir a equipe em momentos decisivos. A figura do técnico “copeiro” é vista como fundamental para recolocar o Boca Juniors no caminho das glórias continentais, um feito que a torcida argentina anseia ardentemente.
A saída de Miguel Ángel Russo, um ídolo e vitorioso técnico do clube, deixou uma marca, mas a necessidade de seguir em frente e planejar o futuro é imperativa. A busca por um substituto à altura não é tarefa fácil, e a diretoria argentina tem explorado o mercado em busca do profissional ideal que possa inspirar a equipe e reconduzi-la ao topo do futebol sul-americano. A experiência em diferentes contextos e a capacidade de adaptação a um clube com a grandeza e a pressão do Boca Juniors são fatores determinantes na escolha.
Renato Portaluppi e Diego Aguirre: velhos conhecidos do futebol sul-americano
Entre os nomes mais especulados para assumir o comando técnico do Boca Juniors, destacam-se o uruguaio Diego Aguirre e o brasileiro Renato Portaluppi. Ambos possuem um currículo recheado de feitos relevantes em competições sul-americanas, o que os credencia a serem fortes candidatos para o posto. A informação, veiculada pelo portal uruguaio El Espectador, aponta esses dois treinadores como prioridades na lista de desejos do clube argentino.
Diego Aguirre, atualmente dirigindo o Peñarol no Campeonato Uruguaio, é um nome que inspira confiança pela sua trajetória em solo sul-americano. Sua passagem pelo Internacional, onde alcançou a semifinal da Copa Libertadores em 2015, demonstra sua capacidade de levar equipes longe no torneio. Além disso, sua experiência no futebol uruguaio e sua familiaridade com os desafios de competições continentais o tornam um candidato sólido e experiente para o cargo.
Já Renato Portaluppi, um ídolo incontestável tanto como jogador quanto como treinador do Grêmio, carrega em sua bagagem títulos de peso, como a Copa Libertadores de 2017 e a Recopa Sul-Americana de 2018, ambos com o Tricolor Gaúcho. Sua saída recente do Fluminense, após a eliminação na Copa Sul-Americana, o deixa livre no mercado e com uma vontade renovada de encarar novos desafios. O carisma, a capacidade de motivar jogadores e o histórico de sucesso em jogos decisivos são pontos fortes que pesam a favor do treinador brasileiro, que tem um forte apelo junto à torcida e à mídia.
Outras opções e o panorama para a definição
Embora Renato Portaluppi e Diego Aguirre sejam os nomes mais fortes neste momento, a diretoria do Boca Juniors não descarta outras opções. O jornalista Fabián Bertolini destaca a busca por um perfil “copeiro”, que ambos os treinadores possuem. No entanto, outros nomes também circulam nos corredores do clube. O argentino Jorge Almirón, que teve uma passagem pelo próprio Boca Juniors em 2023, chegando à final da Libertadores, é uma alternativa considerada, especialmente caso as negociações com os principais alvos não se concretizem.
Contudo, fontes internas ligadas à direção do Boca Juniors indicam que Renato Portaluppi desponta com maior força nas conversas. Seu prestígio no futebol brasileiro e sua reputação de ter um bom relacionamento com jogadores experientes, um perfil que agrada à cúpula xeneize, colocam-no em uma posição de destaque na corrida pela vaga. A expectativa é que a definição do novo treinador ocorra até o final de novembro, permitindo que o clube possa iniciar o planejamento para a pré-temporada de 2025 com o comando técnico já definido, visando a disputa de títulos e o retorno à elite do futebol continental.

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