O futebol do Vasco da Gama tem passado por significativas mudanças em sua gestão estratégica nos últimos meses. Com a saída de diversos diretores e executivos chave, a transição de poder entre a 777 Partners e a gestão de Pedrinho no comando da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) tem sido marcada por algumas turbulências.
Mudanças na Diretoria
Nas primeiras cinco semanas da gestão de Pedrinho, algumas saídas importantes ocorreram, algumas a pedido e outras por decisão do próprio presidente. A mais recente foi a demissão do técnico Álvaro Pacheco e a saída do diretor-executivo Pedro Martins, que deixou o clube por “comum acordo”. Segundo apurado, Pedro Martins, contratado pela 777 Partners, se mostrava incomodado com a intervenção de Pedrinho e do Vasco associativo no dia a dia do clube.
Saída de Executivos-Chave
Há pouco mais de uma semana, o CEO Lúcio Barbosa, a diretora financeira Kátia dos Santos e o diretor de comunicação Felipe Pimentel, todos contratados pela 777 Partners, também deixaram o Vasco. Esses movimentos indicam que a influência da holding americana no comando estratégico do clube vem diminuindo, com Pedrinho assumindo um papel cada vez mais central na gestão do futebol.
Nomeação de Novos Cargos
Apesar das saídas, Pedrinho já promoveu algumas mudanças importantes, como a contratação de Felipe para a função de diretor-técnico, cargo que estava vago desde a saída de Abel Braga em dezembro do ano passado. Felipe é amigo e aliado político de Pedrinho, sendo visto como o homem de confiança do presidente no futebol.
Busca por Novo Treinador
Com a saída de Álvaro Pacheco, Pedrinho assume a responsabilidade de encontrar um novo treinador para o Vasco. Ele avalia opções e não descarta a volta de Ramón Díaz e de seu filho, o auxiliar Emiliano Díaz.
Conflito de Governança
O desenrolar dessa transição de poder tem sido acompanhado de tensões e conflitos de governança. A 777 Partners, que ainda briga na Justiça para retomar seus direitos societários e voltar ao controle da SAF, criticou o comportamento de Pedrinho, afirmando que “quando o próprio presidente do clube associativo encampa o comando do futebol da companhia, quebrando as mais básicas regras de governança corporativa, ele compromete irremediavelmente a capacidade de atuação dos administradores profissionais”.
Em resumo, o primeiro mês da gestão de Pedrinho no futebol do Vasco tem sido marcado por significativas mudanças na estrutura diretiva, com a saída de diversos executivos-chave e a nomeação de novos cargos de confiança do presidente. Esse processo tem sido acompanhado de conflitos de governança entre a 777 Partners e a gestão de Pedrinho, evidenciando as tensões em torno do controle do futebol do clube.
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