A ascensão meteórica de Rayan, jovem atacante do Vasco da Gama, tem sido um dos grandes destaques da temporada de 2025. Sua evolução tática e técnica, aliada a um aproveitamento impressionante nas últimas partidas, coloca o jogador como peça fundamental no esquema de jogo do técnico Fernando Diniz. A versatilidade de atuar como centroavante tem trazido resultados expressivos para a equipe, culminando em atuações de gala e gols decisivos que reacenderam as esperanças da torcida. A mudança de posicionamento, antes vista como uma aposta, agora se consolida como uma estratégia vitoriosa, impulsionando o ataque vascaíno para um novo patamar.
A Nova Posição que Transformou Rayan
Desde o início da temporada, internamente no Vasco, já se vislumbrava o potencial de Rayan atuando mais centralizado na linha de ataque. A diretoria, em conjunto com o departamento de futebol, enxergava nessa mudança a chave para tornar a equipe mais dinâmica e imprevisível. A ideia era clara: ter em Rayan a principal alternativa a Pablo Vegetti, o camisa 9 titular. Essa visão estratégica fez com que a contratação de um centroavante reserva fosse descartada, apostando firmemente no desenvolvimento do jovem talento. As expectativas eram altas, e a comissão técnica já projetava um ataque mais móvel e com diversas opções de infiltração e finalização. A pressão sobre o jogador, que vinha de uma temporada de 2024 com alguns altos e baixos, era um fator a ser gerenciado, e a cedência para a seleção brasileira sub-20 no início de 2025 serviu como um período de aprendizado e desenvolvimento, preparando-o para os desafios futuros.
Evolução sob o Comando de Diniz
A chegada de Fernando Diniz ao comando técnico do Vasco representou um divisor de águas na trajetória de Rayan. O novo treinador demonstrou uma confiança imediata no potencial do jovem, integrando-o rapidamente ao elenco principal e exigindo um aprimoramento tático e técnico. Diniz trabalhou intensamente com Rayan, incentivando-o a arriscar mais e a participar ativamente de todas as fases do jogo. Essa abordagem, somada à liberdade tática concedida, permitiu que o atacante florescesse. As atuações recentes comprovam essa evolução: contra o Vitória, no segundo tempo, demonstrou oportunismo; contra o Fortaleza e o Fluminense, foi peça-chave nas vitórias, abrindo o placar em ambas as partidas. A confiança de Diniz se traduziu em desempenho em campo, com Rayan se tornando uma referência ofensiva e um jogador mais participativo em todas as dinâmicas da partida.
A Estratégia da Diretoria e o Elenco
A diretoria do Vasco, representada por Pedrinho, Felipe e Marcelo Sant’ana, desenhou um plano ambicioso para o ataque da equipe em 2025. Inicialmente, a ideia era estruturar as pontas com Nuno e Loide, enquanto David se recuperava de lesão. Na ponta direita, Adson e Garré seriam as opções. No ataque, a dupla seria formada por Vegetti e Rayan. No entanto, a performance de alguns jogadores e as lesões de outros alteraram o cenário. Carille, o então treinador, não via com bons olhos a dupla Vegetti e Rayan atuando lado a lado, principalmente pela menor capacidade de recomposição defensiva do jovem. Com os problemas médicos de Adson e a demora de Garré em se firmar, Rayan acabou sendo mantido entre os titulares. A chegada de reforços no primeiro semestre e a subsequente ascensão de Rayan como centroavante, juntamente com a má fase de outros atacantes e novas lesões, levaram a diretoria a reavaliar e dobrar a aposta no camisa 77.
O Estilo de Jogo e as Novas Contratações
A filosofia de jogo que a diretoria do Vasco busca implementar é de um futebol mais apoiado, com trocas de passes rápidas e movimentação constante, características que se alinham perfeitamente com o trabalho de Fernando Diniz. Essa preferência se chocou, no início do ano, com a dependência excessiva de cruzamentos para Vegetti que marcava o estilo de jogo da equipe sob o comando de Carille. Com a chegada de Andrés Gómez, a formação de um ataque com Nuno Moreira, Rayan e o colombiano tornou-se uma possibilidade real e promissora. Essa configuração não beneficia apenas a boa fase de Rayan, mas também se encaixa no estilo de jogo de Diniz, que busca um time fluido e com diversas opções de ataque. A contratação de Matheus França, emprestado pelo Crystal Palace, também reforça essa estratégia, com o jogador sendo visto como um meia com potencial para atuar como falso 9 ou ponta de lança, oferecendo ainda mais versatilidade ao ataque vascaíno.
Vegetti: Liderança e Não Dependência
Apesar da ascensão de Rayan e das novas opções no ataque, Pablo Vegetti continua sendo um jogador de suma importância para o Vasco da Gama. A comissão técnica e a diretoria o consideram um líder fundamental dentro e fora de campo, exercendo um papel de capitão que vai além das quatro linhas. No entanto, um dos objetivos principais do futebol vascaíno desde o início da temporada tem sido justamente diminuir a dependência de seus gols para o sucesso da equipe. A ideia é ter um poder de fogo distribuído, onde diferentes jogadores possam assumir a responsabilidade de marcar e decidir partidas. A fase atual de Rayan, com gols importantes e atuações decisivas como centroavante, demonstra que esse objetivo está se concretizando, permitindo que o Vasco tenha um ataque mais equilibrado e menos previsível, sem abrir mão da liderança e da experiência de Vegetti.

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